segunda-feira, 11 de abril de 2011

E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE .............

Oi Teg,

Final de semana de chuva, friozinho....Ja viu né, cabeça vai às nuvens ( ainda mais alto que o frequente ).
Hoje vou postar no nosso blogo ( adoro essa palavra com O no final ! ) sobre filmes x realidade.

Ultimamente tenho analisado minha vida sentimental e algo me preocupa bastante: Não consigo mais me apaixonar por ninguém ! Os relacionamentos são minguados, rápidos e são apenas para saciar a carne ( não digo sexo necesariamente, aliás, não mesmo ! ), para passar o tempo, para sentir-me vivo.
Nada de telefones, mensagens correspondidas, flertes. Não me interesso por absolutamente ninguém; E a recíproca é verdadeira.
Me pego pensando no Hav de antigamente, sonhador, idealizador, amante dos amores platônicos impossíveis. Esse Hav parece ter morrido junto com meu único relacionamento que levou-me, por muito tempo, minha auto estima, minha alegria e minhas esperanças.

Não quero mais esse Hav pra mim, mas também não quero mais ficar seco e duro como pedra. Librianos nasceram para sentir as coisas, sem sentimentos não somos nada ! Sem sentimentos não podemos viver. Sejam eles bons ou ruins, librianos precisam de doses regulares desses sentimentos para seguirem suas vidas; Eu sou um libriano nato ( ! ), logo, necessito dessas doses também !

Domingo, uma ansiedade descomunal toma conta de mim. É minha cabeça funcionando a pleno vapor no ócio, e me recordando a todo momento que em breve minha vida profissional mudará completamente.
Resolvo assistir algum filme pela internet. Mas quero um bom filme!
Pensei em mais um capítulo da minha série predileta Desperate Housewives, mas fuçando em blogos de filmes me deparei com SHELTER.

Garoto surfista, classe baixa, artista e a base da sua família apesar da pouca idade, revê o irmão riquinho de seu melhor amigo que há anos mudou-se para Los Angeles. Aos poucos a amizade dá lugar aos desejos e eles se pegam apaixonados.
O filme retrata de uma maneira simplista e singela o amor entre dois homens.

Engraçado como um filme água com açucar conseguiu extrair de mim tudo que eu há meses, talvez até há alguns anos, estivesse somatizando numa gavetinha minuciosamente guardada no meu coração.
Aprendi a engolir a tristeza, a sufocar meu amor, a trabalhar meu ciúmes e minha baixo auto - estima por ter sido trocado por outra pessoa, mesmo que em circusntâncias que não o amor ....
Aos poucos mecanizei uma forma de viver sem essa dor, mas talvez tenha exagerado na dose e por medo ou por atuação, fui perdendo a capacidade de amar. Sei la, talvez tudo isso seja apenas uma grande viagem e eu apenas ainda não encontrei a pessoa certa.
Só sei que esse filme singelo conseguiu libertar meus melhores sonhos, despertou uma carência avassaladora e a esperança de viver um amor de filme.



Filmes com temática GLS tem diversas vertentes,veja alguns exemplos:

FILMES PARA PREMIAÇÃO - Com poucas demonstrações de afeto, o objetivo é mostrar a superação profissional do homossexual. Exemplo de Capote e Milk, ambos premiados pela academia.

FILMES COM FINAL INFELIZ - Se já não bastasse a vida real nos dizendo todos os dias sobre a enorme chance de um relacionamento gay dar errado, existem filmes assim aos montes, pipocando nas prateleiras e nos downloads online da internet. Exemplo dessa vertente : o magnífico BROKEBACK MONTAIN

FILMES PSEUDO - PORNÔ - Sem conteúdo e estúpidos, o enredo é uma desculpa para uma boa bronha.

FILMES UNDERGROUND - Geralmente são filmes cult, aclamados por parte da crítica e chocados por outra parte . Conseguem premiações apenas na cena mais independente. Mostram o lado submundo dos gays com direito a muitas drogas, sexo promíscuo e violência ou ainda associando as mentes insanas aos gays. Ex de Monster - desejo assassino com Charlise Theron.

FILMES COMÉDIA PASTELÃO - Normalmente são comédias que reforçam os esteriótipos gays para fazer rir. Exceto bons filmes como Priscila - A Rainha do Deserto a maioria apela para o escracho total. Exemplo do filme cruzeiro das loucas com Cuba Gooding Jr.

Por fim, temos um número mínimo de filmes como SHELTER, que encantam por sua leveza e por seu final feliz !
Pena que esses filmes são minoria. Talvez sua representação percentual nas telas seja uma amostragem do que a vida real nos reserva. Ainda por imposição social ( gays com vida de héteros ), ou pelo submundo que a sociedade impõe a muitos ( promiscuidade sexual principalmente em guetos como das drags ou garotos muito efeminados ) ou ainda pela globalização sexual, que afeta a todos , independente da orientação sexual ( é o famoso passa e repassa dos relacionamentos, onde o vencedor é aquele que mais pessoas leva pra cama, mais corações destrói, mais sonhos apaga. Seres humanos se tornam números, e a soma desses números leva a vitória,Será ? ), é raro ver romances gays no cinema e raro fica as chances de um idealizador, sonhar por 2 horas um amor de filme com o famoso final ;

E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE ...........................

Um comentário:

  1. Hav Maria!!! Sinto que a cada dia os relacionamentos amorosos são efemeros, superficiais, contraditorios, inseguros enfim um fiasco... as pessoas não tem mais objetivos de vida em comum, acredito que com o advento da sociedade liquida ( pra mim volatil) ligada a globalização e as novas tecnologias, as mascaras estão cada vez mais elaboradas e fortes a ponto de ja não sabermos mais quem somos e o que idealizamos ou pensamos ser ...na verdade ninguem se autoconhece e ta todo mundo com um puta cagaço da viver o AMOR mesmo, ir de cabeça na coisa porque? Tem tantas opções porque ficar com uma só!!!? Estamos caminhando para o avesso do que sonhavamos ser ou viver na nossa velha infancia que os anos não trazem mais.. um microndas era uma mega novidade que ajudaria no dia a dia da dona de casa ou seja ainda achavamos que tecnologia nos ajudaria a tem mais tempo pra viver e agora estamos reféns dela e cada vez mais sem tempo pra viver porque temos que fazer tudo pra ontem tamanha agilidade que chegamos ....acho que as relações amorosas sofrem com todo esse contexto porque quem vai ter tempo de ter zelo e afeto se é preciso correr sobre a fina camada de gelo sobre o deserto de areia para não ser engolido? o problema todo não está nem na corrida apenas e sim aonde queremos chegar? numa cobetura high tech cheia de pseudoamigos tomando whisky caro e falando sobre as coisas mais superficiais .... enfim é pra parar e pensar quem é realmente realizado? o que queremos nos tornar? Eu não estou preparada para relacionamento...pois estou em crise de identidade e cada dia mais chata em relação as pessoas, ninguem me interessa...prepotencia? trauma? incredulidade? não sei preciso pesar na balança pois ficar assim definitivamente não é a minha Nepal!!! Adoro gente mas as que tenho visto não estão me agradando .....resta saber de quem é o problema meu ou o do mundo que esta ao contrario? na verdade talvez não seja nem um nem outro aff santa indecisão librianos de plantão!! com amor Teg

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